01/09/19

Cheira a elefante queimado [Crónicas de Svendborg #31]

Contava uma senhora na mercearia em Strynø:
Ontem à tarde, tinha de ir buscar uma coisa a casa de uma amiga, mas não me apetecia nada estar a trancar portas e janelas, de maneira que deixei tudo aberto. Também aqui ninguém rouba nada. Mas, enfim, pelo sim pelo não, escondi a carteira no forno, não queria ir com ela na mão.
Nunca mais me lembrei. Hoje de manhã fiz pão, pus o pão no forno e daí a bocado começo a sentir um cheiro esquisito. Bom, a carteira não sofreu muito, vá lá, é cabedal de qualidade, pele de elefante, mas os meus cartões já estavam a começar a encarquilhar.

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