03/05/13

[O verso prosificado]


Não tenho tempo para nada. Viagens, só faço aquelas a que os literatos chamam viagens dentro de si... Mas isso, afinal, não há: é não chocar com ninguém, nunca esbarrar com olhares, não descobrir nada novo, marcar passo, nada mais. O inferno são os outros só para os que acharem que são eles próprios o céu. Não acho tal de mim e preferia agora Manila, a azáfama tropical, ou Bombaim ou São Paulo, um mundo com mais gente do que eu.

[Dei agora de caras com este texto escrito em verso em 2002; e achei que fazia, em prosa, sentido em 2013...]

3 comentários:

  1. Acabei de encontrar o seu blogue e de nele ler alguns posts.
    Gostei.
    OM

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  2. Vim aqui dizer o mesmo que disse quem escreveu o comentário anterior. Gostei muito deste espaço, dos seus textos, e também do "Moçambicanismos". Obrigada!

    AB

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