Não sei se as pessoas de língua inglesa têm, no geral, uma mentalidade mais prática, uma abordagem mais incisiva da vida, se são menos dadas ao devaneio e ao ornamento palavroso do que as pessoas de língua portuguesa; mas que o corrector gramatical de inglês das Proofing Tools da Microsoft aceita menos o supérfluo do que o corrector de português desse mesmo pacote, disso tenho uma prova irrefutável. Se eu escrever, por exemplo, “Desnecessário será dizer que podem contar comigo”, o corrector gramatical português não me diz nada; mas se eu escrever, em inglês, “Needless to say, you can count on me”, o corrector inglês propõe-me logo que apague “needless to say”. E com toda a razão – se é desnecessário, para que o digo?
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