A primeira fotografia dinamarquesa, um daguerreótipo da Ulfeldts Plads, foi tirada por Peter Faber em 1840 (Wikimedia Commons) |
No topo verde da árvore / brilha o esplendor do Natal; / toca a tocar, tocador / que a dança começa agora! / Anda, dá-me a tua mão, / não mexas nas passas de uva – / primeiro, dança-se e canta-se, / só depois é que se come! // [...] Não descansa a Anna enquanto / as prendas não receber: / quatro varas de lã pura / para um casaco de inverno. / Que cara me sais, menina!... / Mas, como coses tão bem, / acabamos por poupar, / não é verdade, filhinha? // [...] Crianças, já estou cansado, / já não vos dou nada mais. / A mãe está ali na cozinha, / ela que vos sirva agora / que é para isso esta bolsa, / vejam que pesada está! / Tanto que dura o Natal, / e o dinheiro que ele custa!A edição original de 1848 da canção tem o título “A árvore de Natal, canção infantil de P. Faber composta para pianoforte por E. Horneman”. O que eu acho interessante na canção é o seu espírito despudoradamente prático – alguns dirão até um bocado avarento...–, com esta insistência um pouco incomodativa no facto de a magia da quadra natalícia custar muito dinheiro. Uma verdade simples, que, ficamos então a saber, já o era em 1848.
Poul Reichhardt, "Højt fra træets grønne top", 1944
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