Aprendi esta receita, vejam lá vocês, num livro da escola — da Alliance Française — teria pouco mais de 20 anos. É claro, sopa de feijão branco nunca tem muito que se lhe diga, mas esta é ligeiramente diferente da que se costuma fazer em Portugal, porque é com o feijão inteiro. Quer dizer, o feijão pode desfazer-se um bocadinho com a cozedura, isso depende, mas é uma sopa sem fazer puré.
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No fim, quando está tudo cozido, ligo a sopa: numa frigideira, derreto um bocado de manteiga com farinha, e deito a mistura na sopa. Quando ferve, está a farinha cozida e pode servir-se – com um bocadinho de bacon em cada prato. Esta mistura de farinha e manteiga dá à sopa um sabor cremoso. É um processo comum em muitos lados para engrossar sopas sem fazer puré, mas a minha avó não conhecia e por isso é que tive de aprender no tal livro da escola...
Uma alternativa com resultados semelhantes é estufar os legumes num tacho, salpicá-los depois com um bocadinho de farinha, dar-lhe umas voltas para a farinha se incorporar no estufado, juntar-lhe o feijão previamente cozido e água da cozedura, e deixar ficar ali um bocado a apurar.
Agora, eu gosto de bastante pimenta na sopa de feijão, não sei o vosso lado.
Quanto a mister Coleman Hawkins, tinha a alcunha de Bean e tinha sopa própria.
Coleman Hawkins and his Orchestra, “Bean soup”, 1945
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