Diz-se que a prática faz o mestre e é bem verdade, na maior parte dos casos. Normalmente, faz-se mal aquilo que não se praticou o suficiente. Polmes, por exemplo — não sei fazer bons polmes, mas acho que é só porque não pratiquei o suficiente… Às vezes, porém, também é questão de encontrar uma maneira de fazer as coisas que funcione para nós.
Queria falar-vos de faláfeles, aqueles pastelinhos médio-orientais que há. Experimentei muitas receitas e improvisei muito à volta delas, com grão cozido, meio cozido e cru, e nunca me saíram bem. De sabor sim, mas sem a consistência devida. Até que encontrei, no Comidista, a receita que funciona mesmo — para mim! — e que sabe melhor que as outras todas. A questão, afinal, era usar três quartos de favas secas para um quarto de grão e não demolhar nem triturar demasiado as leguminosas. Vejam aqui a receita:
Já agora, há um artigo do History Today que confirma o que se ouve no vídeo do Comidista: o faláfel original é egípcio e é de fava, cuja designação em árabe egípcio está, aliás, na origem do seu nome. Mas vários dicionários, alguns deles fiáveis, como o dicionário etimológico Etymology Online, propõem um étimo árabe, falafil, que segundo alguns significa «pimenta(s)» e segundo outros «crocante, estaladiço».
Parece que as primeiras referências ao faláfel datam do séc. XIX. Como tudo o que é tradicional — já era de esperar – o faláfel não é, pois, uma coisa assim tão antiga... Cabe agora a quem se interesse muito pelo assunto investigá-lo mais a fundo e descobrir se há outras versões da história do faláfel que sejam mais dignas de crédito que este artigo do History Today. A mim, interessam-se mais os faláfeles que a sua história... Bom proveito!
1 comentário:
Obrigada. Vou experimentar esta receita.
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