De uma conversa entre mim e um senhor com noventa anos de idade:
– Noventa anos? É uma bonita idade!
– Porque diz isso, se não sabe como é ter noventa anos?
– Bom, a maior parte das pessoas não chega lá… Era isso que eu queria dizer.
– Sim, vistas as coisas dessa maneira… Mas tem pouco de bonito, esta idade. Foram-se as forças, morreu a companheira e morreram os amigos… Restam os filhos, de vez em quando, e mais um ou outro familiar, mas só isso… Bonitas idades foram outras idades que já passaram.
[Apêndice para quem saiba francês, porque não me apetece traduzir a canção e, mesmo que me apetecesse, provavelmente não sairia nenhuma tradução de jeito: que saberia Brel da velhice, se morreu aos 49 anos?]
Jacques Brel: « Vieillir », 1977
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