Ontem dei-me conta de que não consigo compreender bem o artigo “Teoria da relatividade” da Wikipédia. Tem coisas que compreendo, outras que mais ou menos, e outras aonde não chego. Pode ser falta de entendimento, no sentido mais normal da expressão, mas é natural que seja pura e simplesmente falta de conhecimento. E é muito estranho… Eu, que até fui educado para “cientista”, vejam lá vocês, sou praticamente analfabeto em áreas como matemática e ciências naturais. É muito estranho… Faço parte dessa muita gente que há – uma grande parte da população educada do mundo, estou eu convencido… – que até sabe alguma coisinha de várias coisas, mas pouco ou nada sabe das leis que governam o universo…
Agora, feliz ou infelizmente – risquem o que não vos interessar –, não faço parte do grupo de gente que se indigna (é muito estranho...) quando alguém com um bocadinho de bom senso chama a atenção para o óbvio: que mais importante do que estudar as grandes epopeias é, hoje em dia, adquirir noções minimamente sólidas de matemática, física, química ou biologia (e estatística e economia?), … que permitam, por exemplo, compreender a entrada “Teoria da relatividade” da Wikipedia…
É grave, o analfabetismo científico? Não sei se grave é a palavra certa… É um bocado triste, isso sim. Para mim, é. E digamos que dificulta a vida. Cria algumas incompetências, alguns desperdícios, algumas frustrações. Para mim, o importante nem é tanto sabermos todos discutir se o Grande Colisionador de Hadrões pode realmente criar buracos negros que nos suguem a todos, se bem que haja muitas questões técnicas de que era útil que houvesse maior entendimento por mais gente, numa altura em que andam por aí tantos debates interessantes e importantes sobre ambiente e bioética, entre outros… Para mim, o importante é mais termos todos uma ideia razoável de quando e como utilizar os serviços médicos, por exemplo, e de saber distinguir uma argumentação sólida, dentro da instabilidade própria de todo o conhecimento sério, de má ciência ou pseudociência…
Analfabetismo 2: Grande alogossilábico que o gajo me saíu…
É triste não saber ler, dizia uma cantiga da Banda do Casaco, e é bem verdade. Na China, se a taxa de alfabetização é atualmente muito elevada, a verdade é que, em sentido estrito nunca se colocou o problema do analfabetismo, porque os chineses não escrevem com alfabeto. Mas já houve muito mais alogossilábicos ou de assinogramáticos do que há agora, uma coisa assim…Gostaram? Fui eu que inventei.
Eu sei que não se brinca com coisas sérias, mas aonde eu quero chegar é que não é má ideia usar palavras mais gerais do que alfabetizar, alfabetização e analfabetismo. Literacia, por muito que alguns considerem a palavra um detestável anglicismo, é uma palavra bem formada (como numeracia, aliás) e, à primeira vista, mais abrangente…, pelo menos se se considerarem letras caracteres como os sinogramas...
[Atualizado a 2 de junho de 2023, sem atualização da grafia.]
Agora, feliz ou infelizmente – risquem o que não vos interessar –, não faço parte do grupo de gente que se indigna (é muito estranho...) quando alguém com um bocadinho de bom senso chama a atenção para o óbvio: que mais importante do que estudar as grandes epopeias é, hoje em dia, adquirir noções minimamente sólidas de matemática, física, química ou biologia (e estatística e economia?), … que permitam, por exemplo, compreender a entrada “Teoria da relatividade” da Wikipedia…
É grave, o analfabetismo científico? Não sei se grave é a palavra certa… É um bocado triste, isso sim. Para mim, é. E digamos que dificulta a vida. Cria algumas incompetências, alguns desperdícios, algumas frustrações. Para mim, o importante nem é tanto sabermos todos discutir se o Grande Colisionador de Hadrões pode realmente criar buracos negros que nos suguem a todos, se bem que haja muitas questões técnicas de que era útil que houvesse maior entendimento por mais gente, numa altura em que andam por aí tantos debates interessantes e importantes sobre ambiente e bioética, entre outros… Para mim, o importante é mais termos todos uma ideia razoável de quando e como utilizar os serviços médicos, por exemplo, e de saber distinguir uma argumentação sólida, dentro da instabilidade própria de todo o conhecimento sério, de má ciência ou pseudociência…
Analfabetismo 2: Grande alogossilábico que o gajo me saíu…
É triste não saber ler, dizia uma cantiga da Banda do Casaco, e é bem verdade. Na China, se a taxa de alfabetização é atualmente muito elevada, a verdade é que, em sentido estrito nunca se colocou o problema do analfabetismo, porque os chineses não escrevem com alfabeto. Mas já houve muito mais alogossilábicos ou de assinogramáticos do que há agora, uma coisa assim…Gostaram? Fui eu que inventei.
Eu sei que não se brinca com coisas sérias, mas aonde eu quero chegar é que não é má ideia usar palavras mais gerais do que alfabetizar, alfabetização e analfabetismo. Literacia, por muito que alguns considerem a palavra um detestável anglicismo, é uma palavra bem formada (como numeracia, aliás) e, à primeira vista, mais abrangente…, pelo menos se se considerarem letras caracteres como os sinogramas...
[Atualizado a 2 de junho de 2023, sem atualização da grafia.]
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