Temos tendência a pensar que os picuinhas com as coisa das língua têm uma atitude conservadora, mas, se uma pessoa for mesmo picuinhas, não pode sempre ser conservadora, porque a verdadeira picuinhice linguística leva forçosamente a propostas de reforma da norma.
Por exemplo, se se insistir que é refrães que se deve dizer, porque é isso que decorre naturalmente da origem da palavra, tem de defender que se diga não só anciãos como também anãos, verãos e chãos.
Também se compreende mal porque se chama castelhano a um homem de Castela e à sua língua, a não ser por decalque impróprio dessa mesma língua. Para dizer as coisas da maneira natural em português, o picuinhas proporá que, como em galego se diz castelán, em português se deve dizer castelão (plural castelãos, naturalmente, feminino castelã(s)).
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