Enquanto a Travessa do Fala-Só continua em obras, deixo aqui três cantigas que me fazem lembrar cada qual as outras duas, sem eu saber porquê (se tiverem alguma proposta de explicação, digam-me sim?). É um bocado como aquela música que nos põem no telefone enquanto aguardamos ligação a outra extensão. Mas prometemos ser breves e agradecemos a vossa continuação, como dizia o outro.
Cornelis Vreeswijk, “Somliga går med trasiga skor”, 1968
Kim Larsen, “Byens hotel”, 1973
George Brassens, “Montélimar”, 1976
Para não ficar o post assim tão em branco, posso dizer que, embora sejam perfeitamente desarrazoadas as ligações que estabeleço entre estas 3 canções, há de facto relações de facto [sic] entre estes cantautores (e deixo já o sic entre parênteses rectos para facilitar a vida de quem quiser citar uma frase tão disparatada…). Cornelis Vreeswijk confessava que Brassens foi um dos cantautores que mais o influenciou. Lembro-me de ele dizer, numa entrevista, que, quando ouviu “Le petit cheval” pensou de si para si era música assim que ele gostaria de fazer!… “Le petit cheval” é de 1952, do primeiro álbum de Brassens. Não faço ideia de quando Cornelis ouviu Brassens pela primeira vez, mas só viria a gravar o seu primeiro álbum 12 anos depois.
Quanto a Kim Larsen, que depois de se tornar famoso com a banda Gasolin, resolveu lançar-se como cantautor em 1973 (“Byens hotel” é desse seu primeiro álbum), é bem provável que Cornelis Vreeswijk tenha sido uma das suas influências. Que dinamarquês progressista da sua geração não conhecia bem o carismático trovador sueco-neerlandês? s
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